Panda 2ª geração

A Fiat foi, desde sempre, uma marca especializada em fabriccar automóveis pequenos do segmento A. O desaparecimento do Panda em 2003 implicou, portanto, o lançamento de um novo modelo, que herdou o seu nome, e viria ser conhecido como a segunda geração Panda.

O Panda da 2ª geração, lançado em 2003, era um automóvel completamente novo, sem uma única peça comum com o seu antecessor, e adaptado a um mercado que, décadas depois, mudara por completo. Quando apareceu o primeiro Panda em 1980, os seus rivais eram veteranos modelos franceses de concepção arcaica, como o 2CV, e o Renault 4, um Mini que já começava a acusar a passagem dos anos e o seu próprio irmão mais pequeno, o 126. Nessa época as marcas alemãs e japonesas ainda não estavam presentes no segmento A e das coreanas mal se ouvia falar, pelo que o Panda tornou-se rápidamente o rei do segmento, com vendas tão espetaculares que os prazos de entrega eram superiores a um ano.
No entanto, o Panda da 2ª geração tinha de enfrentar um segmento A superpovoado em que automóveis como o Renault Twingo, o Wolkswagen Lupo, o Ford Ka ou uma plêiade de modelos japoneses e coreanos lutavam por um mercado em que a funcionalidade, o baixo consumo e, sobretudo, o preço eram elementos decisivos.
A Fiat soube interpretar perfeitamente a realidade do mercado e lançou um automóvel pequeno e prático (carroçaria apenas de 5 portas com uma grande porta traseira), com motores eficientes e económicos, incluindo um diesel 1.3 Multijet de muito baixo consumo, a inevitável e prática versão de 4x4 como todo-o-terreno e equipamentos opcionais próprios de segmentos superiores. Tudo isso, a que se juntou um preço de venda competitivo, representou uma reedição do êxito do seu ilustre antecessor.


O Panda foi eleito “Car Of The Year 2004”. A decisão não terá sido fácil e consensual, mas o Panda conseguiu 281 votos contra os 241 pontos do Mazda3 e Volkswagen Golf que ocupam o segundo lugar empatados.

O Fiat Panda terá vencido e convencido os jurados devido a ser um automóvel divertido de conduzir, com um preço acessível e razoavelmente espaçoso. As suas características mecânicas inovadoras, onde se destaca o novo motor Multijet, terão contribuído para este bom resultado.

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O novo Fiat Panda surge depois de 23 anos de existência do anterior modelo, que vendeu mais de quatro milhões de unidades. Em 1981, o Fiat Panda tinha conquistado um segundo lugar no Carro do Ano Europeu. O primeiro lugar fora atribuído ao Ford Escort.

Recordamos que a Fiat já conseguiu vencer por oito vezes este troféu: Com o Fiat 124 (1967), Fiat 128 (1970), Fiat 127 (1972), Fiat Uno (1984), Fiat Tipo (1989), Fiat Punto (1995), Fiat Bravo/Brava (1996), e agora, com o Panda em 2004.

A entidade “Car of The Year” é formada por 22 países e 58 jurados e a organização do evento é da responsabilidade da revista francesa “ L’ Automobile magazine”.

O novo Panda começou a ser comercializado em Setembro de 2003, num momento em que o fabricante italiano vivia uma acentuada crise, da qual esperava sair com o êxito deste modelo, cujas previsões de vendas para 2003 se situavam nas 70 mil unidades e para o ano de 2004 nas 200 mil unidades.

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A marca também apresentou, durante esta segunda geração, o mais desportivo e potente dos Pandas de série jamais fabricados: o 100 HP, uma espécie de GTi de bolso com motor 1.4 de 100CV de potência. Esta versão não teve grande expressão, tendo a sua produção sido abandonada em 2007.

O lançamento de uma versão com motor de 100CV na segunda geração do Panda, permitiu que a Fiat desenvolvesse uma versão de competição baseada neste modelo, embora a sua participação se tenha limitado aos ralis Italianos.


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A segunda geração com o nome de codigo "Model 169", estava originalmente para se chamar "Gingo", mas como o nome era muito semelhante ao Renault Twingo a Fiat decidiu continuar a série Panda.
Desde Setembro de 2005 todos os Pandas vêm equipados com controle de estabilidade, ABS, EBD e pelo menos dois airbags frontais.

Em cinco de Setembro de 2007 foi produzido o Panda nº1,000,000, um Panda 4x4 Climbing Vermelho, com motor 1.2 a Gasolina.

A vinte e um de Julho de 2009 sai da fábrica de Tychy na Polónia o Panda Nº1,500,000, um Panda 1.3 MultiJet, destinado a um Pandista Italiano.
Em 2009 foram produzidos 285.000 Pandas.
Em termos de comparação, foram produzidos em 65 anos 21 milhões de VW Carocha, o Panda 2ª geração, em apenas 6 anos chegou aos 1,5 milhões.


Panda 4x4


A tradição continuou na 2ª geração do Fiat Panda ao ser introduzida na gama a versão 4x4, que pelas suas características e potencialidades permite que se possa sonhar com aventuras por trilhos pouco ou nada recomendados a outros modelos da sua categoria, ou mesmo de segmentos superiores.
Desde 1985, quando apareceu o Fiat Panda Nuova 4x4, que na gama deste pequeno modelo da marca italiana não falta uma versão de tracção às quatro rodas. E sem ser um todo-o-terreno na verdadeira acepção da palavra, como o possa sugerir a sigla 4x4 que ostenta, a verdade é que ao longo destas quase duas décadas de presença no mercado tem sabido conquistar muitos daqueles adeptos menos endinheirados, sem capacidades para comprar um 'jipe', que apreciam os passeios ou as incursões fora do asfalto.

As limitações são muitas, é certo, mas ainda assim o Fiat Panda 4x4 consegue ir a locais e por pisos que à primeira vista parecem impossíveis de ultrapassar. Para isso, esta 2ª geração conta com a ajuda de um sofisticado sistema de tracção total permanente controlado electronicamente, este novo sistema reparte a tracção entre os dois eixos, através da electrónica, em função do nível de aderência do piso.
As limitações são muitas, é certo, mas ainda assim o Fiat Panda 4x4 consegue ir a locais e por pisos que à primeira vista parecem impossíveis de ultrapassar.

Para isso, esta 2ª geração conta com a ajuda de um sofisticado sistema de tracção total permanente controlado electronicamente, este novo sistema reparte a tracção entre os dois eixos, através da electrónica, em função do nível de aderência do piso.
Esteticamente, e porque o aspecto exterior também conta para a imagem, diferencia-se das outras versões da gama em uns quantos pormenores, que lhe dão um ar típico de alguns dos SUV actuais, contribuindo para tal as protecções laterais em plástico. Mas mais importantes do que isso são os elementos em alumínio sob os pára-choques traseiro e dianteiro, que funcionam como protecção da parte de baixo da carroçaria, essencial para percursos em pisos degradados.
Quanto a motores, são duas as alternativas nesta 2ª geração do Fiat Panda 4x4: uma a gasolina e outra Diesel. No primeiro caso trata-se do motor 1.2, de 60cv, e na segunda opção é o conhecido turbodiesel 1.3 Multijet, de 75cv. Tanto um como outro vêm associados a caixas manuais de cinco velocidades.


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A 2ª geração do Panda foi, até ao momento, a mais prolifica quanto a versões diferentes. Para além da possibilidade de dispor de um 4x4 com uma filosofia e uma mecanica similares às da primeira geração (embora com gestão electrónica da tracção integral), a marca ofereceu diferentes variantes sobre o próprio 4x4, entre as quais o Monster(série limitada), e o Panda Cross, com uma estética diferente da dos restantes Panda 4x4 (faróis redondos duplos, protecções laterais mais marcadas...).
Em 2004, dois Panda 4x4 foram protagonistas de um teste verdadeiramente aventureiro, iniciado em Kathmandu (Nepal) e concluído na base avançada do Evereste: foi a primeira vez que um pequeno "fora-de-estrada" atingiu esta base, situada a uma altitude de 5200 metros. Um feito ainda mais espectacular se pensarmos que as duas unidades foram preparadas apenas com algumas modificações na regulação da unidade electrónica central de controlo do motor para a adequar à gasolina local.

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Para a edição de 2007 do Lisboa-Dakar, a Fiat preparou 2 Pandas para competirem na categoria T2. Os carros, que eram conduzidos por Miki Biasion e Bruno Saby, estavam equipados com motores 1.3L MultiJet turbodiesel (105 HP/78 kW às 4500 rpm), com uma caixa manual de 6 velocidades. A ideia de competir no Dakar com o Panda 4x4 preparado para aguentar a dureza da prova era muito boa do ponto de vista do marketing. No entanto o pequeno Panda não conseguiu ultrapassar a duraza extrema desta prova. O projecto PanDakar foi abandonado pela Fiat, tendo tido continuidade numa equipa privada, poderá obter mais informações sobre este projecto aqui.

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